Aumentou para 137 o número de vítimas mortais da explosão em Beirute, disse hoje o ministro da Saúde libanês, Hamad Hassan. O desastre fez ainda cinco mil feridos e 300 mil desalojados.
“Até agora, o número de mortos atinge os 137 e há mais de 5.000 feridos”, disse, acrescentando que um novo balanço pode ser anunciado durante o dia.
Na manhã desta quinta-feira, dois dias depois do incidente, ainda há fumo a erguer-se do porto da capital libanesa.
As equipas de regaste continuam nos locais mais atingidos para procurarem, entre os escombros, as pessoas dadas como desaparecidas desde a enorme explosão em Beirute, sentida a mais de 200 quilómetros de distância.
As autoridades acreditam que o número de vítimas mortais, que esta quinta-feira se fixa em 137, possa ainda subir, assim como o número de feridos, neste momento tão elevado que levou à sobrelotação dos hospitais da cidade.
O Conselho de Defesa Nacional libanês declarou Beirute “zona de desastre” e o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, apelou aos aliados do Líbano a apoiarem o país.
O presidente libanês, Michel Aoun, anunciou ter desbloqueado 100 mil milhões de libras libanesas (55 milhões de euros) de financiamento de emergência, numa altura em que o país enfrenta uma crise económica sem precedentes e os hospitais já estão sobrecarregados devido à epidemia de covid-19.
Os Estados Unidos, a França, a Rússia, o Qatar, o Irão e mesmo o vizinho inimigo Israel ofereceram ajuda.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje uma mensagem ao seu homólogo libanês, Michel Aoun, expressando “condolências aos familiares das vítimas mortais e desejos de rápidas melhoras a todos os feridos, bem como a sua solidariedade a todo o povo libanês”.
Também o Governo português expressou solidariedade com o Líbano e o seu povo, adiantando que participará no plano de apoio da União Europeia.
FONTE:SAPO