O anúncio foi feito pela secretária de Estado da Administração Interna, numa altura em que o interior do Norte e Centro de Portugal continental está hoje em risco máximo de incêndio, no segundo e que deveria ser o último dia da situação de alerta decretada pelo Governo, agora prolongada até ao final de domingo.
A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, falou aos jornalistas após presidir à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide.
“As próximas 48 horas continuam a inspirar cuidado, inspiram atenção, vamos manter alguns distritos em alerta vermelho e também outros em alerta laranja. Fruto disso, a decisão foi de prolongar a declaração de situação de alerta a todo território nacional [continental] até ao final do dia de domingo”, disse a secretária de Estado.
Patrícia Gaspar afirmou que esta quinta-feira foi “um dos dias mais difíceis deste ano”, mas admite que vá haver mais dias difíceis, justificando-se a situação de alerta até ao final de domingo.
A secretária de Estado lembrou que muitos incêndios têm origem humana. “Qualquer pequena distração pode dar origem a estas situações”.
O interior do Norte e Centro de Portugal continental está hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto do Mar e da Atmosfera, no segundo e último dia da situação de alerta decretada pelo Governo. A situação de alerta em todo o território continental vigorava até ao final do dia de hoje e surgiu na sequência da ativação do estado de alerta especial de nível vermelho para os distritos de Bragança, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco, Faro e Viseu.
A declaração de situação de alerta implica a elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e da PSP, das equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial e a mobilização em permanência das equipas de sapadores florestais e do Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza.
Em situação de alerta é proibida a realização de queimadas e o uso de fogo de artifício ou de outros artefactos pirotécnicos e é proibido o acesso, circulação e permanência em espaços florestais “previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios”.
Também não são permitidos trabalhos florestais e rurais com equipamentos elétricos em espaços, como motorroçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.
Quanto ao risco de incêndio definido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), é hoje máximo em quase uma centena de concelhos dos distritos de Braga, Porto, Viana do Castelo, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Santarém e Portalegre.
Em risco muito elevado estão cerca de 60 municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Coimbra, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro.
Já em risco elevado de incêndio o IPMA colocou quase toda a região do Alentejo e parte do Algarve, assim como cerca de três dezenas de concelhos nos distritos de Lisboa, Santarém, Leiria, Aveiro, Viseu, Porto e Viana do Castelo.